terça-feira, 6 de dezembro de 2011

"Felizmente, o racismo não me atinge", diz Miss Universo 2011

A angolana Leila Lopes superou a brasileira Priscila Machado e foi eleita a mulher mais bela do mundo
Foto: AFP

Única mulher de pele negra entre as semifinalistas do Miss Universo 2011, a angolana Leila Lopes, vencedora do concurso, disse na coletiva de imprensa realizada logo após o evento desta segunda-feira (12), no Credicard Hall, que não entende como algumas pessoas ainda conseguem ser preconceituosas nos dias de hoje. "Felizmente, o racismo não me atinge, pois são as pessoas racistas que tem um problema. Devemos nos respeitar, independente do sexo, cor ou classe social".

Atualmente morando em Londres, a nova Miss Universo revelou ter sido a timidez o principal obstáculo enfrentado na disputa. "Sempre pensava, 'não vou conseguir encarar o público'. Talvez não parecesse, mas no palco eu olhava para as outras candidatas e pensava, 'elas são tão soltas, será que consigo ser assim?'".
Leila, 25, disse que só se inscreveu no concurso por insistência de conhecidos, pois sua vergonha jamais lhe permitiria participar dele por conta própria. "No Miss Angola-Reino Unido, um amigo me disse que, se eu tivesse a mesma postura, seria a Miss Universo. E sou", afirmou emocionada.
Sobre o segredo para ganhar o concurso, Leila não hesitou e disparou: "meu sorriso é minha arma". "Uso meu sorriso para contagiar as pessoas. Consegui transparecer minha alegria. Consegui mostrar que consigo me divertir, apesar da competição", garantiu, com um daqueles sorrisos que só ela sabe dar.
Leila contou ainda que pretende continuar com seus projetos contra o HIV e ajudar idosos e crianças necessitados de seu país, algo que já fazia antes mesmo de sonhar em ser a mulher mais bonita do mundo. "O universo precisa da minha voz, vou poder ajudar muita gente", opinou.
"Me sinto muito orgulhosa de ser a mais bonita do mundo. Não por ser linda, mas por poder ajudar a todos", disse, antes de agradecer aos amigos da organização do concurso e as outras misses, que passavam animadas, gritando "Angola", enquanto a coletiva acontecia no palco do Credicard Hall.
Nervosismo
Leila Lopes não hesitou na hora de escolher o momento em quem ficou mais ansiosa. "No Top 5. Pensei: 'agora tenho a oportunidade de mostrar para o mundo que a Angola é capaz!'", afirmou.
"Eu era apenas uma estudante de Angola, que sonhava em ir ao Reino Unido. Não gostei de lá por causa da comida e do país em geral. Mas sempre falava para mim mesma: 'é a vida que eu escolhi'. Eu sempre quis estar aqui, onde estou", disse.
Antes de se despedir, mandou um recado ao seu povo, emocionada: "Angola, muito obrigada por ter acreditado em mim".


NATHÁLIA SALVADO
Direto de São Paulo

13 de setembro de 2011 • 01h54 • atualizado em 28 de setembro de 2011 às 10h21
Fonte: http://diversao.terra.com.br/tv/miss-universo/2011/noticias/0,,OI5345772-EI18486,00-Felizmente+o+racismo+nao+me+atinge+diz+Miss+Universo.html

postado por Jane Ribeiro Lima

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