terça-feira, 2 de agosto de 2011

O Monstro Sem Rosto


Embora pareça mais um título de história infantil é assim que podemos resumir o retrato da violência contra a mulher no município de Baixo Guandu. Não está no perfil do município aparecer na mídia devido a atos de barbárie e ações truculentas de extrema violência que causam expanto e pavor na sociedade pela crueldade, frieza e a banalidade dos motivos usados como justificativa para a prática de tais atos.

Com essa premissa poderíamos facilmente cair no erro de concluir que Baixo Guandu não se pratica a violência contra a mulher. Na verdade não é bem assim; aqui como na maoria das cidades do interior, a violência contra a mulher é monstruosa, porém silenciosa, ou seja, É PRATICADA ROTINEIRAMENTE, SÓ QUE POUCO DELATADA E MENOS AINDA REGISTRADA.

Num processo normal qualquer indivíduo que chegue ao pronto socorro buscando atendimento lesionado por qualquer tipo de agressão deveria ser procedimento o pronto socorro informar imediatamente a autoridade policial. Em Baixo guandu não existe esse procedimento. A mulher depois de assistida, se quiser tem que fazer a denúncia pelos seus próprios meios. o pronto socorro não possui uma estatística de agressões físicas contra a mulher.

Não seria esse um dos caminhos para a mudança de comportamento, bem como coibir tais agressões? Podemos estudar aqui duas propostas que com certeza daria rostos aos monstros:

- Que o pronto socorro informasse a autoridade policial toda vez que uma mulher fosse assistida vítima de agressão.

- Com base nos registros do pronto socorro extratificasse esses dados divulgando-os à sociedade.

O sentimento de impunidade é hoje não só em Baixo Guandu, como em todo o Brasil uma das maiores causas de violência, seja contra a mulher ou qualquer pessoa em desvantagem social.

Precisamos mostrar o rosto desses monstros.

Maria Aparecida Sudario de Souza Bautz

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