quinta-feira, 21 de julho de 2011

Afirmações e representações sobre a mulher ao longo dos séculos


“A mulher deve ao casamento a dignidade e a segurança que o homem extrai do seu trabalho”. Jean Foyer, Ministro da Justiça Francês, 1973.

As mulheres “são uma propriedade, um bem que é preciso ter fechado à chave, seres feitos para a domesticidade, capazes unicamente de atingir a perfeição na situação subalterna”. Nietzsche, filósofo alemão do século XIX.

“Deveis ter horror às raparigas com instrução”, escreveu Balzac. “Consentir que uma mulher tenha as leituras que o seu espírito a leva a escolher é ensinar-lhe a viver sem vós”. Honoré de Balzac, escritor francês do século XIX.

“Devemos alimentá-las bem e vesti-las bem” respondia em eco o delicado poeta Byron, “mas não as meter na sociedade. E não devem ler senão livros de piedade e de cozinha”. George Gordon Byron, 6º Barão Byron, destacado poeta britâncico e uma das figuras mais influentes do Romantismo.

“Uma vez que a casta feminina (como a gente pobre) tinha sido privada sistematicamente de informação e de instrução, Augusto Comte podia declarar como verdade irrefutável que “as mulheres e os proletários não podiam nem deviam tornar-se autores, o que eles próprios não desejavam”. Isidore Auguste Marie François Xavier Comte, fundador da Sociologia e do Positivismo.

Freud referia que a mulher inteligente é masculina. Sigmund Freud foi um médico neurologista austríaco e judeu, fundador da psicanálise. “É uma ideia condenada desde o começo, a de querer lançar as mulheres na luta pela vida ao mesmo nível que os homens”, escrevia Freud a Marta, sua noiva. “Creio que todas as reformas legislativas e educativas falhariam pelo facto de que, muito antes da idade em que um homem pode assegurar-se uma situação social, a natureza determinou o seu destino em termos de bondade, de encanto e de ternura … O destino da mulher deve permanecer o que é: na juventude, o de uma coisa adorável e deliciosa; na idade madura, o de uma esposa querida … O desejo do êxito numa mulher é uma nevrose, o resultado de um complexo de castração do qual só se curará através de uma total aceitação do seu destino passivo”.

“Uma mulher, ao usar a sua inteligência, torna-se feia, louca, macaca”. Proudhon, filósofo político e económista francês.


Apesar de todos os obstáculos, da mentalidade mesquinha e retrógrada, dos impedimentos constantes, cá estamos, de pé, com muitas conquistas, mas também com muito ainda por ultrapassar!

Um comentário:

  1. Antigamente a mulher não tinha voz, nem vez nem nada, simplesmente era tratada como um ser reprodutivo que veio ao mundo com o único objetivo de cuidar do homem.
    Ainda bem que hoje podemos nos orgulhar de ser MULHER!
    Graças as companheiras que um dia se indignaram e lutaram por seus direitos - hoje nossos direitos também.
    Hoje podemos votar, escolher o momento de sermos mães (métodos contraceptivos), escolher qual profissão atuar (com devidas ressalvas, pois ainda há grande preconceito de gênero em muitas profissões, apesar de que está escrito na Lei que todos podem estudar e escolher sua profissão, ainda tem várias áreas que tem preferência pelo sexo masculino); podemos viver com o mínimo de dignidade, o que antigamente não era possível.
    Mas a luta é grande, não podemos desanimar, pois ainda temos vários obstáculos pela frente!

    Késia Karla Paiva Silva

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