PROJETO BÁSICO
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1.
Data: 31/05/2012
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2. Proponente: Centro de Referência de
Assistência Social - CRAS
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3. Título do Projeto
A cultura como sinônimo de cidadania.
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4.
Previsão do Período de Execução
Início: maio de
2012
Termino: novembro
de 2012
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5. Considerações Gerais
O CRAS tem
por função ofertar, de forma exclusiva e obrigatória, o Programa de Atenção
Integral à Família – PAIF. A Equipe de Referência do CRAS é interdisciplinar
e os perfis devem convergir de forma a favorecer o desenvolvimento de suas
funções. O trabalho social com a s famílias depende de um investimento e uma
predisposição de profissionais de diferentes saberes para trabalharem
coletivamente, com objetivo comum de apoiar e contribuir para a superação das
situações de vulnerabilidade e fortalecer as potencialidades das famílias
beneficiárias dos serviços ofertados no CRAS.
O CRAS - Centro de Referência de
Assistência Social, de base municipal, integrante do SUAS (Sistema Único da
Assistência Social), é um espaço público multidisciplinar e descentralizado,
nos quais se desenvolvem ações de apoio às famílias e indivíduos em situação
de vulnerabilidade social decorrente da pobreza, privação e/ou fragilização
de vínculos afetivos, como discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por
deficiências, entre outras. Com vistas ao protagonismo, à autonomia e à
emancipação destas pessoas são disponibilizados serviços, programas e
benefícios de proteção social básica, na garantia dos seus direitos de
cidadania por meio de palestras, grupos de convivência, oficinas ocupacionais
e profissionalizantes, com ênfase no direito à convivência familiar e
comunitária; Serviços de acompanhamento social às famílias; Proteção social
pró-ativa (visita as famílias em situação de risco social); Acolhida para
recepção, escuta, orientação, referência e encaminhamentos a outros programas
da rede de proteção social municipal.
O CRAS de Baixo Guandu, está localizado em uma chácara (Espaço Novo) no Bairro Vila Kennedy, Baixo Guandu/ES, a área é de propriedade da municipalidade, foi implantado no ano de 2008 e, desde então, vem atuando conforme as normas técnicas do SUAS. Atualmente, 1045 famílias estão referenciadas e recebem acompanhamento por profissionais de diversas áreas de atuação. A tendência é que este número aumente no momento que o novo CRAS, que está sendo construído, poderá atender uma demanda que cresce dias após dia, abrangendo desta forma áreas mais vulneráveis. |
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6. Justificativa
Em
um mundo formado por sociedades que usam o preconceito como instrumento para
demarcar diferenças sociais e ignorar saberes e culturas é necessário traçar
estratégias para resgatar valores e valorizar a identidade, principalmente da
população afro descendente. O preconceito racial traz a desvalorização do
individuo, não só aos negros/as, mas a toda a sociedade. Além de reprovável,
dificulta a superação de graves e discrepantes desigualdades sociais. O
município de Baixo Guandu possui uma população estimada em 29.081 pessoas,
conforme censo/IBGE 2010, deste total, 1.970 pessoas responderam ser de raça
ou cor negra e 15.148 pessoas de cor parda, considerando que a cor parda é
devido a mestiçagem, ou seja, mistura de raças/etnias
diferentes, não somente na mistura de cor de pele, mas também de traços
culturais e, a identidade nacional brasileira é mestiça, conclui-se que a
população do município de Baixo Guandu é predominantemente constituída de
pessoas pardas e negras. Ainda, conforme IBGE, 2010, a incidência da pobreza
no município é de 43,60% da população, os dados comprovam a situação de
muitas famílias que encontram-se em situação de vulnerabilidade social. A escolha do espaço para sistematizar a ação
baseou-se nos dados elencados em um Relatório lançado em 2005, pelo Programa
das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a pesquisa mostra que 64% da
população de baixa renda no Brasil é composta por pessoas negras e aproximadamente
25 milhões de indivíduos, e o Centro de Referência de Assistência Social - CRAS é o espaço estatal que atua como
porta de entrada aos serviços assistenciais e é responsável pelo
acompanhamento das famílias que encontram-se em vulnerabilidade e risco
social.
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7.
Objetivo Geral
Desenvolver atividades que despertem
a autoestima e que estimulem a valorização e o respeito à identidade da
população afrodescendente, residentes no município de Baixo Guandu e
inseridas no Centro de Referência de Assistência Social – CRAS.
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8.
Objetivos Específicos
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9. Metas
Alcançar
todos os participantes dos grupos de convivência e das oficinas
socioeducativas, atualmente, realizadas no CRAS.
Apropriação
de diversos saberes, além da conscientização sobre temas relevantes como
legislação, tolerância, direitos e deveres etc.;
Maio/2012 – planejamento das ações;
Junho/2012 – palestra de
apresentação do plano aos usuários do Cras e convite a participação;
Junho – inicio das oficinas e do
grupo de convivência – encontro quinzenal com duração de 02 horas;
Julho – oficina com temas
relacionados às festas populares e a correlação com a contribuição da
população negra na formação da identidade da nação brasileira;
Agosto – atividades voltadas a
valorização da mulher negra, organização de dia da beleza negra, mini cursos,
palestras e roda de conversa com diversos temas relacionados ao plano;
Setembro – oferta de mini-curso de
culinária e beleza,
Outubro – organização da exposição e
continuidade das atividades;
20 de novembro/2012 – exposição dos
trabalhos com manifestações alusivas ao dia da Consciência Negra;
Novembro/2012 - encerramento do
projeto e avaliação das ações, com toda equipe do CRAS e a população usuária
do serviço.
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10.
Público Alvo
Famílias em acompanhamento e inseridas
nos grupos de convivência e nas
oficinas socioeducativas do Centro de Referência de Assistência – CRAS do
município de Baixo Guandu.
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11.
Estratégias de Ação
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12. Prazo O prazo para efetivação do projeto é de 06 meses. | ||||
13. Acompanhamento e Avaliação O acompanhamento e avaliação serão realizados pela Equipe técnica do CRAS e os (as) usuários (os) do serviço que participarão do projeto.
A avaliação também será realizada
pela equipe do CRAS, objetivando rever, sempre que necessário o que foi
planejado, o que está sendo executado, de modo que o que não esteja causando
o resultado pretendido, seja adequado à realidade.
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Baixo Guandu (ES), 31 de Maio de 2012.
A cultura,
portanto, vai além de um sistema de costumes; é objeto de intervenção humana,
que faz da vida uma obra de arte, inventável, legível, avaliável,
interpretável. (SECAD/MEC, Curso GDE extensão, p.4)
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Somos Pós-Graduandas em Especialização de Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça, pela Universidade Federal do Espírito Santo - UFES. Aqui você encontrará informações, conhecimentos e troca de experiências no que diz respeito ao combate à violência de gênero e perspectivas de segurança da mulher, com ênfase na promoção de segurança e combate à violência racial.
quinta-feira, 31 de maio de 2012
PROJETO BÁSICO - A cultura como sinônimo de cidadania
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